segunda-feira, 28 de março de 2011

O Sol - Túlio Dek



Queria ver o sol brilhar por um instante
E que a felicidade fosse constante
Na sua vida e na minha também
E que no mundo renasce sempre o bem
Poder errar, reconhecer o erro
Poder viver sem conhecer o medo
Que nunca é tarde, que nunca é cedo
Na minha praia, no meu sossego
Com as pessoas que tanto amo
Sempre feliz, sempre sonhando
Um mar de sonhos pra eu velejar
Onde o impossível eu pudesse alcançar
Realizar tudo o que eu quisesse
E alegrar o que me entristece
E entender por que tanta maldade
Se neste mundo existe bondade.

Queria ver o mundo em harmonia
Sem guerra quente, sem guerra fria
Onde o choro fosse alegria
Que com os olhos tudo fosse poesia
Que o amor fosse protagonista
Quem ama cuida e sempre conquista
Quem sabe um dia isso acontece
Quem sabe um dia, a gente amadurece.
A minha praia não é só minha
Ela é um sonho que a gente tinha
De querer mudar o mundo
De conseguir, entender tudo
Pode ser que a gente consiga
Ou pode ser que seja o sonho de uma vida
Que talvez, ninguem alcançou
mais pelo menos a gente tentou.

Às vezes chove, às vezes não
o importante é viver com o coração
a gente tem que saber levar
e entender que tudo vai passar
nem sempre a gente pode enxergar
Mas o sol, nunca deixa de brilhar.

    A vida de passa e de diversas formas nos faz crescer, nos abre mil e um caminhos, mil e uma escolhas, basta saber decidir. Conhecemos pessoas novas a cada nova etapa que conquistamos, algumas pessoas permanecem em nossas vidas por alguns instantes, alguns dias, semanas, meses, anos e outras durante toda uma vida. Amizade é algo sincero, é lealdade, respeito, afeto, carinho, irmandade, apoio, entre muitas outras coisas. Algumas pessoas entram na nossas vidas hoje e de um forma inesperada podem acabar ficando por muito tempo, algumas se dizem amigas e juram a amizade eterna, mas depois de um tempo distante conhecem novas pessoas e simplesmente esquecem de tudo.
   O amor, um sentimento um tanto o quanto complexo, nos causa diversas sensações, faz sofrer, chorar, mas faz sorrir e amar. Existem vários tipos de amor mais o amor sincero, com certeza, é o de pai, mãe e irmão. A família é o maior bem, o maior valor que uma pessoa tem, a partir dela você se torna alguém digno, honesto, aprende a respeitar, pois se você não respeita nem a sua família, não respeita ninguém, nem a sí próprio.
     A vida nos proporciona cada momento inexplicável, insubstituível, inigualável. Nos proporciona surpresas, perdas, conquistas. Um ser é constituído de milhares de sonhos e desejos, por isso não deixe de sonhar nunca, persista, corra atrás dos teus sonhos, enfrente cada momento por mais difícil que seja, siga em frente de cabeça erguida, respeite-se, aceite a ti mesmo, e principalmente nunca deixe de acreditar em ti mesmo!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Bruna Surfistinha

Sem dúvida, “Bruna Surfistinha” é um dos filmes mais esperados atualmente não é só pelo grande público. Mas, para ver a atuação de Déborah Secco, a atriz escolhida para protagonizar a produção. Segundo informações, a atriz também já não consegue esconder a ansiedade de ver nas telonas esse filme o qual a a triz precisou conviver com protistuta para incorporar o papel. Deborah definiu seu trabalho no filme como um divisor de águas em sua carreira, por conta da intensidade com que mergulhou dentro do universo sombrio e triste da personagem.

     O filme, com direção de Marcus Baldini, leva aos cinemas os detalhes do trabalho de uma garota de programa: Raquel Pacheco, quem dá título ao longa. O trailer do filme foi divulgado para jornalistas em evento sob muitos aplausos no final da exibição.
    Baseado no livro “O Doce Veneno do Escorpião - O Diário de Uma Garota de Programa”, a obra cumpre parcialmente sua função de matar a curiosidade das pessoas a respeito do mundo das prostitutas. A protagonista, ela mesmo uma garota de programa, ganhou a vida não somente encantando os homens, mas também relatando com minuciosidade tudo o que fazia com eles.
     Diante deste desafio, Déborah resolveu arriscar e se aprofundou em uma realidade que muitos fingem não existir. E a atriz não poderia passar imune à essa experiência tão visceral. “Para qualquer atriz, esse personagem é um presente. Completa e complexa. Atuei de uma forma como há muito tempo eu não atuava: quase virgem de qualquer vício, me desprendendo de tudo que já aprendi, porque tive a oportunidade de, em tão pouco tempo, trabalhar profundo e intensamente na Raquel. Isso é algo realmente excitante para um ator. Não enxergo minha carreira sem a Bruna Surfistinha”, afirmou  Deborah no lançamento do treiler do filme.
    Uma pessoa conhecida, uma história popular. Antes mesmo que Deborah fosse anunciada, instalaram-se muitas expectativas sobre a adaptação cinematográfica de “O Doce Veneno do Escorpião”. Por conta disso, a produção trabalhou arduamente no projeto. Foram dois anos adaptando o roteiro e três meses de filmagens intensas, fora a pós-produção de “Bruna Surfistinha” que, ao que tudo indica, está sendo muito bem caprichada. Mas, voltando às filmagens, também não foi nada fácil gravar as cenas do longa.
   “A Bruna não foi logo de cara para a prostituição de luxo. Quando ela saiu de casa, aos 17 anos, foi trabalhar em pulgueiros. Tivemos que filmar no centro da cidade, ao lado da ‘Cracolândia’ (na região do bairro da Luz, em São Paulo). Por vezes tivemos que interromper as gravações porque ouvimos meninos de rua drogados gritando alto. A energia por lá era péssima”, recordou.
    Esse universo tão rico em informações (“e muito triste também”, acrescentou Deborah), foi um prato cheio para a atriz que se embrenhou em prostíbulos e passou a viver intimamente com garotas de programa. E a vivência trouxe lições.
   “Muitas coisas me impressionaram no universo delas. É um mundo chamado de ‘vida fácil’ mas que, para mim, talvez, seja a mais difícil que existe. Elas não são vilãs, elas não fazem mal a ninguém a não ser elas próprias. Fui descobrindo isso ao olhar para os olhos de cada uma delas, era um olhar vazio, já anestesiado por tantos maus tratos. Não tem nada mais grave que se auto-flagelar”, se emocionou Deborah ao lembrar
    Durante seu laboratório, a atriz se mudou para São Paulo na época da produção. Ela contou que, para entender a Raquel Pacheco, passou a viver como ela: sozinha. “Precisava conhecer o que era a solidão, o que era a falta de amor. Venho de uma família extremamente amorosa, e essa necessidade pela solidão foi algo importante para compor a Bruna”, afirmou.
     Além dessa experiência, a atriz frequentou assiduamente prostíbulos e casa de striptease. Deborah não ficava com as garotas apenas quando elas subiam ao palco, dançavam ou levavam seus clientes para os quartos. “Também acompanhava elas saindo do quarto, indo se lavar, lavando banheiro; não era fácil. Percebi ali o quão guerreira essas mulheres são”.
    Guerreira, corajosas, Deborah se perdeu no meio de tantas definições. Ela própria assumiu que não teria a coragem das garotas de programas que, ao aceitarem convites dos clientes, não sabem se irão voltar para casa, se irão apanhar. Mesmo assim elas vão. Por trás de cada mãe e filha que se prostitui, existe uma família e uma vida para serem sustentadas.
   “Com elas aprendi a me livrar de julgamentos, de preconceitos. Tenho outra visão agora. Posso dizer que esse filme mudou completamente minha vida. Mexeu comigo de uma forma tão única, que não enxergo minha carreira sem esse marco que o filme representou”, enfatizou Deborah
    “Bruna Surfistinha” mata sim a curiosidade sobre prostituição. Mas vai além. Fala ainda das muitas vidas que existem por trás do trabalho, e o que as donas dessas vidas aprendem com a rotina depreciativa. “O que me atraiu nessa história foi justamente isso, que existe uma menina por trás da Bruna Surfistinha. Uma menina com seus dramas, tentando solucionar problemas e os desencaixes da vida”, contou Marcus Baldini, diretor do longa.
    O filme, como deu para imaginar com o depoimento do cineasta, não tem como proposta escancarar e expor a profissão das garotas de programa, apontando até onde está certo e errado dentro dessa prática.
   “Ninguém está julgando, estamos apenas contando uma história. E quando contamos uma história de forma isenta, cada pessoa terá uma leitura diversa. Por isso fica complicado generalizar a reação do público. Cada pessoa terá a sua: vai ter gente que sentirá dó ou pena, outros que vão sentir raiva, alguns com nojo, enfim, reações completamente adversas”, complementou Déborah.